Esse é um vídeo sobre as diferenças culturais, foram entrevistado duas pessoas, um americano e um argentino, sobre quais são os contrastes mais notáveis entre os nossos costumes.
https://www.youtube.com/watch?v=kpt4ZSYP7IY
sábado, 12 de julho de 2014
sexta-feira, 27 de junho de 2014
O toyotismo na gestão de obras industriais
Na reportagem a seguir veremos que ainda nos dias de hoje, a aplicação do sistema Toyota de produção pode ser a grande saída das obras industriais que sofreram com a crise financeira. O texto detalha as características do toyotismo e mostra como funcionaria a sua aplicação nas indústrias em crise.
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O seguimento das obras industriais foi um dos que mais sofreram os efeitos da crise financeira desencadeada a partir do segundo semestre de 2008. Indústrias do porte da VALE, EBX, Aracruz Celulose, Grupo Votorantin, Toyota, entre outras, simplesmente decidiram postergar ou cancelar a construção de novas unidades. Os efeitos dessa paralisação de investimentos sobre as empresas especializadas em fornecimentos de equipamentos e construções industriais foram, em alguns casos, quase catastróficos.
Empresas de grande porte, com faturamento a partir de R$ 500 milhões por ano, bem estruturadas, buscaram redirecionar seu foco de atuação para segmentos da saúde, shoppings, alimentos, etc, conforme ilustra o artigo da jornalista Daniela D'Ambrósio, no Valor Econômico, do dia 04/03/2009, o "PAC é saída para queda nas obras industriais?". Mas, e as empresas de porte pequeno e médio, como sobreviveram os efeitos da crise? Quantas tiveram força técnica e administrativa para redirecionar seus negócios? Que oportunidades lhes foram proporcionadas, na medida em que elas não tinham experiência e nome nos novos mercados? Afinal, não se adquire experiência da noite para o dia. Precisa-se de tempo e de muito trabalho para esse redirecionamento.
Uma solução para essas empresas é elas se tornarem mais competitivas, reduzindo os seus custos.
O objetivo deste artigo é discutir a pertinência da aplicação de tecnologias de gestão no gerenciamento de obras, para a redução dos custos, especialmente no caso de empresas construtoras e de montagens industriais de pequeno e médio porte. Pelas limitações deste artigo, destacarei apenas algumas ferramentas do Sistema Toyota de Produção que podem ser aplicados na indústria de construção. O estudo completo encontra-se no trabalho de conclusão de curso que realizei na Especialização em Gestão de Projetos pela Universidade Católica de Brasília, em 2009, com o título de "Como a Gestão de Projetos poderá contribuir para minimizar os custos das Obras Industriais".
Sistema Toyota de Produção ou Lean Manufacturing
Sistema Toyota de Produção, ou Toyotismo, é um sistema de organização da produção industrial. Criado no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, pelo engenheiro japonês Taiichi Ohno, foi aplicado inicialmente na fábrica da Toyota, origem do nome do sistema. Devido aos seus excelentes resultados, a partir da crise capitalista da década de 1970, o Toyotismo espalha-se pelo mundo organizacional, sendo aplicado nos mais diferentes setores, de matérias-primas à distribuição, de serviços à indústria, como uma filosofia, também conhecida como Lean Manufacturing, ou Manufatura Enxuta.
Just in Time (JIT) nas obras
A Manufatura Enxuta tem como uma de suas principais fundamentações a eliminação do desperdício, especialmente pelo seu impacto direto nos custos de produção. Um dos procedimentos fundamentais é o Just in Time (JIT), que consiste em produzir o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário.
Aproximadamente 30% do tempo perdido nas montagens de equipamentos nas obras industriais são devidos à falta de uma programação que estabeleça todas as atividades no tempo certo e com os recursos necessários. Será que não se pode enxergar uma obra industrial – com suas áreas devidamente limitadas – como se fosse uma indústria montadora de automóveis?
É comum nas obras, um profissional, inúmeras vezes, deixar seu posto de trabalho para buscar uma ferramenta ou material, que já deveria estar a sua disposição. Essa é uma situação, infelizmente corriqueira, em que esse trabalhador, e muitas vezes toda a equipe, têm que interromper as atividades até a disponibilização do recurso faltante. No final da obra, a somatória dessas interrupções significa uma grande quantidade de horas pagas sem produtividade. O JIT reduz custos, pois aperfeiçoa o tempo de cada atividade a ser executada.
Embora seja tradicionalmente aplicado em sistemas de produção seriada, é possível sim utilizar o JIT em obras industriais, por exemplo, montando todos e apenas os equipamentos rigorosamente quando e como foi planejado. A partir do cumprimento rigoroso do que está estabelecido no Projeto, o almoxarifado da obra entregará, no momento exato, todos e somente os materiais, ferramentas e materiais consumíveis necessários para cada equipe de montadores, que deverá, por sua vez, saber o quê e quando montar.
Controles nas obras
Descrevemos, a seguir, controles utilizados no Toyotismo e que, juntamente com o Just in time, podem ser aplicados nos processos de empresas construtoras, especificamente no que diz respeito à montagem de equipamentos utilizados nas obras.
Controle no Processamento da Produção – Na elaboração do planejamento, o Gestor do Projeto, o Coordenador da Montagem e seus Supervisores projetarão todos os recursos e custos, dentro de cada período da obra, para que não haja possibilidades de desvios, por falta de recursos ou consumíveis. Assim, a demanda de pré-montagens, atividades que antecedem a montagem final, atenderá o cronograma da obra previsto no projeto.
Controle de Produção – Realizar a montagem de somente o que está no escopo de fornecimento do empreendimento. Ter isso claro e formalizado.
Controle de Transporte – São dois os problemas que deverão ser enfrentados. O primeiro é monitorar o transporte dos materiais enviados pela fábrica para que cheguem dentro dos prazos planejados e indicados no cronograma, e o segundo, é otimizar o transporte dentro da própria obra, com a entrega dos materiais, ferramentas e consumíveis dentro das necessidades das montagens específicas por equipes. Aqui o trabalho do Técnico de Materiais e do Almoxarife da obra, fará a diferença, pois caberá aos mesmos todo o trabalho de seleção antecipada do que será utilizado. O Técnico de Planejamento também será pessoa importante no processo, visto que a programação de montagem, passa pela sua atualização diária.
Controle das Perdas por Erros da Montagem – Caberá ao Técnico de Qualidade e sua equipe revisarem todos os processos de fabricação, materiais a serem utilizados, torqueamento dos parafusos de acordo com as Normas Técnicas, levantamento topográficos das bases civis, enfim, todos os processos que poderão de alguma forma, provocar algum tipo de retrabalho na montagem.
Controle na Movimentação dos Equipamentos – Caberá ao Coordenador da Montagem junto com o Técnico de Materiais ter clara e precisa toda a movimentação dos materiais para a pré-montagem e posteriormente para a montagem. Deverá ser rigoroso o procedimento de controle desse processo, pois o tempo perdido em movimentar aquilo que não será necessário naquele momento gerará custos extras pela ociosidade e gastos de horas sem produtividade, tanto da equipe de transporte, como de montadores e de equipamentos.
Controle de Horas Ociosas – O tempo é um dos maiores problemas na geração dos custos extras dentro das obras industriais. Se o Técnico de Planejamento e o Coordenador da Montagem deixarem alguma equipe parada por falta de orientação; se o Técnico de Materiais e o Almoxarife não conseguirem entregar os materiais, ferramentais ou consumíveis, dentro do programado; ou ainda, se o Gestor do Projeto não disponibilizar algum equipamento - um guindaste de grande porte, por exemplo - dentro do programado, tudo isso será motivo para ociosidade das equipes de montagem. Novamente volta a necessidade de aplicação da programação planejada com todos os recursos levantados, de mão de obra, materiais e consumíveis, e o monitoramente e controle de todos os processos que de alguma forma fazem parte do conjunto da montagem dos equipamentos.
Controle de Estoques – Será parte importante do processo o monitoramento do envio dos materiais para obra, através do controle do Técnico de Materiais, que deverá receber antecipadamente os romaneios daquilo que será enviado para poder realizar a conferência do que a administração de contratos - em acordo com a engenharia - naquele momento enviará para a obra. A consistência do envio dos materiais com as necessidades do cronograma da obra é parte do processo que controlará a remessa fora do programado, bem como alguma eventual remessa acima do necessário.
Apesar das crises
A maioria das empresas de médio e pequeno porte que atuam na área de construção não tem cultura de gestão. Raramente são aplicados nos canteiros de obras processos como: padronização de atividades repetitivas, controle de qualidade, ações corretivas, monitoração de desempenho e de resultados, acompanhamento de prazos, controle de custos, e outras tantas atividades básicas na administração de qualquer empreendimento.
Para mudar esse panorama, é fundamental a capacitação do pessoal, especialmente dos gestores e supervisores. Vale destacar que a qualificação do pessoal é um dos pilares do Sistema Toyota de Produção.
Acredito que os maus resultados das obras industriais, principalmente daquelas realizadas por empresas de pequenos e médios portes, justificam a aplicação das ferramentas de sugestão sugeridas neste artigo. Ressalvadas as características particulares de cada processo, acredito que as empresas terão ótimos resultados adotando a linha de pensamento do Toyotismo, pois estarão assim em melhores condições para garantir um bom faturamento, independentemente das crises.
Adm. Esp. Valdair Sarmento
CRA/RS Nr. 29357
Artigo publicado na revista IDÉIAS EM GESTÃO da Faculdade AIEC de Administração, na edição de março de 2010.
fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/toyotismo-na-gestao-de-obras-industriais/44217/
de: André Bernardon
Empresas de grande porte, com faturamento a partir de R$ 500 milhões por ano, bem estruturadas, buscaram redirecionar seu foco de atuação para segmentos da saúde, shoppings, alimentos, etc, conforme ilustra o artigo da jornalista Daniela D'Ambrósio, no Valor Econômico, do dia 04/03/2009, o "PAC é saída para queda nas obras industriais?". Mas, e as empresas de porte pequeno e médio, como sobreviveram os efeitos da crise? Quantas tiveram força técnica e administrativa para redirecionar seus negócios? Que oportunidades lhes foram proporcionadas, na medida em que elas não tinham experiência e nome nos novos mercados? Afinal, não se adquire experiência da noite para o dia. Precisa-se de tempo e de muito trabalho para esse redirecionamento.
Uma solução para essas empresas é elas se tornarem mais competitivas, reduzindo os seus custos.
O objetivo deste artigo é discutir a pertinência da aplicação de tecnologias de gestão no gerenciamento de obras, para a redução dos custos, especialmente no caso de empresas construtoras e de montagens industriais de pequeno e médio porte. Pelas limitações deste artigo, destacarei apenas algumas ferramentas do Sistema Toyota de Produção que podem ser aplicados na indústria de construção. O estudo completo encontra-se no trabalho de conclusão de curso que realizei na Especialização em Gestão de Projetos pela Universidade Católica de Brasília, em 2009, com o título de "Como a Gestão de Projetos poderá contribuir para minimizar os custos das Obras Industriais".
O objetivo deste artigo é discutir a pertinência da aplicação de tecnologias de gestão no gerenciamento de obras, para a redução dos custos, especialmente no caso de empresas construtoras e de montagens industriais de pequeno e médio porte. Pelas limitações deste artigo, destacarei apenas algumas ferramentas do Sistema Toyota de Produção que podem ser aplicados na indústria de construção. O estudo completo encontra-se no trabalho de conclusão de curso que realizei na Especialização em Gestão de Projetos pela Universidade Católica de Brasília, em 2009, com o título de "Como a Gestão de Projetos poderá contribuir para minimizar os custos das Obras Industriais".
Sistema Toyota de Produção ou Lean Manufacturing
Sistema Toyota de Produção, ou Toyotismo, é um sistema de organização da produção industrial. Criado no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, pelo engenheiro japonês Taiichi Ohno, foi aplicado inicialmente na fábrica da Toyota, origem do nome do sistema. Devido aos seus excelentes resultados, a partir da crise capitalista da década de 1970, o Toyotismo espalha-se pelo mundo organizacional, sendo aplicado nos mais diferentes setores, de matérias-primas à distribuição, de serviços à indústria, como uma filosofia, também conhecida como Lean Manufacturing, ou Manufatura Enxuta.
Just in Time (JIT) nas obras
A Manufatura Enxuta tem como uma de suas principais fundamentações a eliminação do desperdício, especialmente pelo seu impacto direto nos custos de produção. Um dos procedimentos fundamentais é o Just in Time (JIT), que consiste em produzir o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário.
Aproximadamente 30% do tempo perdido nas montagens de equipamentos nas obras industriais são devidos à falta de uma programação que estabeleça todas as atividades no tempo certo e com os recursos necessários. Será que não se pode enxergar uma obra industrial – com suas áreas devidamente limitadas – como se fosse uma indústria montadora de automóveis?
É comum nas obras, um profissional, inúmeras vezes, deixar seu posto de trabalho para buscar uma ferramenta ou material, que já deveria estar a sua disposição. Essa é uma situação, infelizmente corriqueira, em que esse trabalhador, e muitas vezes toda a equipe, têm que interromper as atividades até a disponibilização do recurso faltante. No final da obra, a somatória dessas interrupções significa uma grande quantidade de horas pagas sem produtividade. O JIT reduz custos, pois aperfeiçoa o tempo de cada atividade a ser executada.
Embora seja tradicionalmente aplicado em sistemas de produção seriada, é possível sim utilizar o JIT em obras industriais, por exemplo, montando todos e apenas os equipamentos rigorosamente quando e como foi planejado. A partir do cumprimento rigoroso do que está estabelecido no Projeto, o almoxarifado da obra entregará, no momento exato, todos e somente os materiais, ferramentas e materiais consumíveis necessários para cada equipe de montadores, que deverá, por sua vez, saber o quê e quando montar.
Controles nas obras
Descrevemos, a seguir, controles utilizados no Toyotismo e que, juntamente com o Just in time, podem ser aplicados nos processos de empresas construtoras, especificamente no que diz respeito à montagem de equipamentos utilizados nas obras.
Controle no Processamento da Produção – Na elaboração do planejamento, o Gestor do Projeto, o Coordenador da Montagem e seus Supervisores projetarão todos os recursos e custos, dentro de cada período da obra, para que não haja possibilidades de desvios, por falta de recursos ou consumíveis. Assim, a demanda de pré-montagens, atividades que antecedem a montagem final, atenderá o cronograma da obra previsto no projeto.
Controle de Produção – Realizar a montagem de somente o que está no escopo de fornecimento do empreendimento. Ter isso claro e formalizado.
Controle de Transporte – São dois os problemas que deverão ser enfrentados. O primeiro é monitorar o transporte dos materiais enviados pela fábrica para que cheguem dentro dos prazos planejados e indicados no cronograma, e o segundo, é otimizar o transporte dentro da própria obra, com a entrega dos materiais, ferramentas e consumíveis dentro das necessidades das montagens específicas por equipes. Aqui o trabalho do Técnico de Materiais e do Almoxarife da obra, fará a diferença, pois caberá aos mesmos todo o trabalho de seleção antecipada do que será utilizado. O Técnico de Planejamento também será pessoa importante no processo, visto que a programação de montagem, passa pela sua atualização diária.
Controle das Perdas por Erros da Montagem – Caberá ao Técnico de Qualidade e sua equipe revisarem todos os processos de fabricação, materiais a serem utilizados, torqueamento dos parafusos de acordo com as Normas Técnicas, levantamento topográficos das bases civis, enfim, todos os processos que poderão de alguma forma, provocar algum tipo de retrabalho na montagem.
Controle na Movimentação dos Equipamentos – Caberá ao Coordenador da Montagem junto com o Técnico de Materiais ter clara e precisa toda a movimentação dos materiais para a pré-montagem e posteriormente para a montagem. Deverá ser rigoroso o procedimento de controle desse processo, pois o tempo perdido em movimentar aquilo que não será necessário naquele momento gerará custos extras pela ociosidade e gastos de horas sem produtividade, tanto da equipe de transporte, como de montadores e de equipamentos.
Controle de Horas Ociosas – O tempo é um dos maiores problemas na geração dos custos extras dentro das obras industriais. Se o Técnico de Planejamento e o Coordenador da Montagem deixarem alguma equipe parada por falta de orientação; se o Técnico de Materiais e o Almoxarife não conseguirem entregar os materiais, ferramentais ou consumíveis, dentro do programado; ou ainda, se o Gestor do Projeto não disponibilizar algum equipamento - um guindaste de grande porte, por exemplo - dentro do programado, tudo isso será motivo para ociosidade das equipes de montagem. Novamente volta a necessidade de aplicação da programação planejada com todos os recursos levantados, de mão de obra, materiais e consumíveis, e o monitoramente e controle de todos os processos que de alguma forma fazem parte do conjunto da montagem dos equipamentos.
Controle de Estoques – Será parte importante do processo o monitoramento do envio dos materiais para obra, através do controle do Técnico de Materiais, que deverá receber antecipadamente os romaneios daquilo que será enviado para poder realizar a conferência do que a administração de contratos - em acordo com a engenharia - naquele momento enviará para a obra. A consistência do envio dos materiais com as necessidades do cronograma da obra é parte do processo que controlará a remessa fora do programado, bem como alguma eventual remessa acima do necessário.
Apesar das crises
A maioria das empresas de médio e pequeno porte que atuam na área de construção não tem cultura de gestão. Raramente são aplicados nos canteiros de obras processos como: padronização de atividades repetitivas, controle de qualidade, ações corretivas, monitoração de desempenho e de resultados, acompanhamento de prazos, controle de custos, e outras tantas atividades básicas na administração de qualquer empreendimento.
Para mudar esse panorama, é fundamental a capacitação do pessoal, especialmente dos gestores e supervisores. Vale destacar que a qualificação do pessoal é um dos pilares do Sistema Toyota de Produção.
Acredito que os maus resultados das obras industriais, principalmente daquelas realizadas por empresas de pequenos e médios portes, justificam a aplicação das ferramentas de sugestão sugeridas neste artigo. Ressalvadas as características particulares de cada processo, acredito que as empresas terão ótimos resultados adotando a linha de pensamento do Toyotismo, pois estarão assim em melhores condições para garantir um bom faturamento, independentemente das crises.
Adm. Esp. Valdair Sarmento
CRA/RS Nr. 29357
Artigo publicado na revista IDÉIAS EM GESTÃO da Faculdade AIEC de Administração, na edição de março de 2010.
O Fordismo no Brasil
O fordismo é um sistema
de produção industrial baseado na fabricação em larga escala, na especialização
do trabalho e na linha de montagem. Sua denominação mais adequada é
taylorismo-fordismo, já que foi criado em 1913, pelo industrial norte-americano
Henry Ford (1863-1947), com base nas ideias do engenheiro norte-americano
Frederick W. Taylor (1856-1915). No Brasil, é no período chamado
desenvolvimentismo, no governo Kubitschek, que se instala o maior símbolo
fordista, a indústria automobilística.
Mas entre os autores
dedicados ao estudo do Fordismo no Brasil, há um consenso de que esse modelo realmente
não existiu no Brasil, devido à amplitude atingida aqui. Teóricos indicam que o
Fordismo no Brasil possui um desenvolvimento precário e contraditório. Algumas
das características do Fordismo, que conformam a relação salarial nos países
capitalistas, foram ou simplesmente não existiram aqui. Mesmo com grandes
indústrias automobilísticas, a expressão que tiveram no Brasil não se compara a
atingida nos países onde se originou o Fordismo.
De: Paulo Schmitt
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Controle Social Cultural
Uma das formas de se manter o
controle de uma sociedade é regularizar o que é correto de se falar ou não.
Esse tipo de padronização afeta diretamente a cultura da sociedade atingida,
uma vez que transparece estar errado aquele que não utiliza a linguagem padrão
e correto aquele que segue ela a risca. Com isso, a determinação de palavras
aceitas em uma linguagem é uma das formas mais clássicas de controle pela
cultura.
Uma
reportagem apresentada no site do Jornal Zero Hora exemplifica esse tipo de
controle social. O dicionário Norte-Americano Merrian-Webster, mais vendido nos
EUA, incluiu mais de 150 novas palavras ao seu acervo. Entre essas novas
palavras, várias se tratam de expressões nascidas com a evolução da tecnologia,
como exemplos “selfie” e “hashtag”. Fica claro, com a aceitação dessas
expressões como palavras oficiais do idioma americano, que a adequação a e
maior utilização da tecnologia pela sociedade são almejadas pelos órgãos
reguladores da linguagem no país. Ou seja, a oficialização desses termos deve
despertar maior interesse da sociedade em produtos tecnológicos, pois os que
não estiverem cientes dos significados se verão deslocados do padrão da
sociedade, se sentirão frustrados e terão que se adequar ao padrão cultural
estabelecido.
Estabelecer
uma cultura de linguagem de acordo com os interesses comerciais, a determinar
como oficial e divulga-la como padrão para a sociedade, é uma grande forma de
se obter controle. E, sendo a linguagem uma das principais formas de cultura,
de meio de comunicação e transporte de informação, essa oficialização de termos
de caráter tecnológicos caracteriza claramente um meio de controle através da
cultura da sociedade.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
http://wp.clicrbs.com.br/intercambiando/2012/08/01/as-diferencas-ja-comecaram-na-troca-e-mails-pediram-para-eu-levar-papel-higenico-para-o-senegal/?topo=13,1,1,,,13
Boa noite pessoal, o post dessa semana é sobre intercambio. Contudo, escolhemos um destino bem exótico. Um jovem recém formado no mesmo curso que nós (administração) resolveu ir para o Senegal, com a finalidade de mergulhar em projetos sociais e aprender francês. Bom, a diferença já começa por aí, aprender francês tudo bem, é um motivo comum, mas imergir em projetos sociais em outro país é bem raro hoje em dia, ainda mais para um jovem, de faixa etária parecida com a nossa, porém uma maturidade muito grande. Chegando lá, foi para uma casa de família habitada por nada mais, nada menos que 16 pessoas. Nem papel higiênico tinha, por conta de hábitos mulçumanos. Não deve ter sido nada fácil para esse gaúcho habituar-se a esse tipo de moradia. Outra curiosidade que merece destaque é a poligamia, muito comum por lá. Aliás, o homem além de poder ter várias mulheres, não deve fazer os trabalhos domésticos. Um pensamento bem arcaico. Na despedida, o sentimento brotou e o pai mesmo tendo outras 15 pessoas morando em casa, fala para o jovem que ele faria muita falta e deixaria um vazio na casa. O que para alguns ia ser um alívio, um a menos, para ele não foi. Isso me chamou muito a atenção no texto. É incrível como nestes países menos desenvolvidos, onde há tanta miséria em volta, como o amor floresce, os sentimentos pulsam e há alegria e cor em tudo. Pessoas de alma pura e com sorriso no rosto estão por todos os lugares. E é isso que este rapaz tem que levar para sua vida, além das diversas experiências, uma lição de vida: até no deserto nasce flor.
De: Bernardo Cernicchiaro Apoio: André Bernardon
Boa noite pessoal, o post dessa semana é sobre intercambio. Contudo, escolhemos um destino bem exótico. Um jovem recém formado no mesmo curso que nós (administração) resolveu ir para o Senegal, com a finalidade de mergulhar em projetos sociais e aprender francês. Bom, a diferença já começa por aí, aprender francês tudo bem, é um motivo comum, mas imergir em projetos sociais em outro país é bem raro hoje em dia, ainda mais para um jovem, de faixa etária parecida com a nossa, porém uma maturidade muito grande. Chegando lá, foi para uma casa de família habitada por nada mais, nada menos que 16 pessoas. Nem papel higiênico tinha, por conta de hábitos mulçumanos. Não deve ter sido nada fácil para esse gaúcho habituar-se a esse tipo de moradia. Outra curiosidade que merece destaque é a poligamia, muito comum por lá. Aliás, o homem além de poder ter várias mulheres, não deve fazer os trabalhos domésticos. Um pensamento bem arcaico. Na despedida, o sentimento brotou e o pai mesmo tendo outras 15 pessoas morando em casa, fala para o jovem que ele faria muita falta e deixaria um vazio na casa. O que para alguns ia ser um alívio, um a menos, para ele não foi. Isso me chamou muito a atenção no texto. É incrível como nestes países menos desenvolvidos, onde há tanta miséria em volta, como o amor floresce, os sentimentos pulsam e há alegria e cor em tudo. Pessoas de alma pura e com sorriso no rosto estão por todos os lugares. E é isso que este rapaz tem que levar para sua vida, além das diversas experiências, uma lição de vida: até no deserto nasce flor.
De: Bernardo Cernicchiaro Apoio: André Bernardon
sexta-feira, 11 de abril de 2014
http://revista.brasil.gov.br/especiais/rumo-ao-pleno-emprego/nova-classe-media
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/nova-classe-media-nao-e-efeito-de-desigualdade-economica
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/nova-classe-media-nao-e-efeito-de-desigualdade-economica
Com o aumento do salário do trabalhador, a economia
brasileira acabou sendo aquecida, e com isso, o mercado também. Ora, se o
trabalhador passa a ganhar mais, com melhores condições de trabalho e salários
maiores, ele passa a gastar mais, e isso eleva seu padrão de vida. Foi isso que
aconteceu na última década no Brasil, o que resultou no surgimento de uma nova
classe média. Essa nova classe tem como características: ser mais jovem do que
a antiga classe média, mais ligada ao aprendizado e à intelectualidade e um
custo de vida bem superior, tornando-se mais exigente com o mercado, optando
por produtos mais qualificados. Hoje em dia, o jovem escolhe em qual mercado
ir, prezando assim a qualidade ou o preço. O mercado realmente foi muito
aquecido por esse aumento salarial, e isso vem sido percebido há algum tempo
já. O volume de consumo aumentou, o preço consumido aumentou e a demanda por
produtos aumentou. Não há mercado que não seja aquecido com essas mudanças.
De: Bernardo Cernicchiaro
Apoio: Felipe Borges e André Bernardon
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Blog sobre teorias de Durkheim
Blog:
http://teoriasociologicaemdurkheim.blogspot.com.br/
Este blog do professor Domingos Catanhede, apresenta em forma de vídeo aula um resumo das teorias de Émile Durkheim. Textos bem escritos e uma abordagem de fácil entendimento, são marcas fortes do blog, presentes em toda nova postagem.
Felipe Borges e Andre Bernardon
http://teoriasociologicaemdurkheim.blogspot.com.br/
Este blog do professor Domingos Catanhede, apresenta em forma de vídeo aula um resumo das teorias de Émile Durkheim. Textos bem escritos e uma abordagem de fácil entendimento, são marcas fortes do blog, presentes em toda nova postagem.
Felipe Borges e Andre Bernardon
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Blog de abordagem geral marxista.
blog: http://www.marxismo.org.br
Trabalha com postagens diárias sobre os acontecimentos da política brasileira e internacional, abordando os temas com base nas teorias marxistas. Conjuntamente, manifesta algumas lutas e movimentos marxistas no brasil.
André Bernardon e Felipe Borges
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